"Come Around Sundown" completa 15 anos!
Lançado em 15 de outubro de 2010, "Come Around Sundown" é o quinto álbum de estúdio da banda. Para comemorar a data, vamos relembrar algumas curiosidades em relação ao álbum e as músicas!
"Come Around Sundown", lançado oficialmente em 15 de outubro na Alemanha (18 de outubro no Reino Unido e 19 de outubro nos Estados Unidos), foi número um no Reino Unido e alcançou dois outros grandes marcos: “maior número de vendas digitais na primeira semana” na história do ranking e o impressionante número de 183 mil cópias vendidas rendeu o recorde de álbum mais vendido na semana de estreia, em 2010 – até aquela data. (informações do site rollingstone)
O primeiro single "Radioactive" foi lançada em 8 de setembro junto com o clipe oficial (e em 14 de setembro nas rádios). A banda a tocou ao vivo pela primeira vez em junho daquele ano durante o festival Bonnaroo, em Manchester.
Faixas:
1. "The End"
2. "Radioactive"
3. "Pyro"
4. "Mary"
5. "The Face"
6. "The Immortals"
7. "Back Down South"
8. "Beach Side"
9. "No Money"
10. "Pony Up"
11. "Birthday"
12. "Mi Amigo"
13. "Pickup Truck"
"Come Around Sundown" possui uma edição deluxe dupla com capa alternativa, lançada no Reino Unido. O deluxe traz as faixas bônus "Celebration", "Radioactive (Remix)" e "Closer (Presets Remix)".
O que a banda diz sobre o álbum: Em entrevista ao site Clash em 2010, Caleb, Jared Matt e Nathan falaram sobre o significado do álbum e suas músicas.
'Venha ao pôr do sol'
Caleb: Acho que "Come Around Sundown" pode significar tantas coisas diferentes. Tipo, "come around, sundown"; como se você estivesse querendo que o pôr do sol chegasse. Mas, na verdade, está dizendo: "Acho que vou tomar uma xÃcara de café, come around sundown".
Jared: Algumas pessoas interpretam como "venha por volta do pôr do sol"; tipo "venha para minha casa ao pôr do sol". Eu não vejo assim. Eu vejo como "venha por volta do pôr do sol, estamos prestes a descer". Ha-ha!
Matthew: E você sempre pensa, no seu tempo livre, em nomes de discos e coisas assim — coisas divertidas. Eu estava ouvindo uma música e a pessoa disse: "Venha por volta do pôr do sol". Eu disse "talvez", então contei para os caras e eles disseram: "É, isso é incrÃvel". Eu esperava que fosse colocado no mesmo saco de vários outros nomes, mas foi meio imediato. Praticamente desde o primeiro dia, esse foi o tÃtulo do disco.
'The End'
Jared: Quando tocarmos "The End" ao vivo, não sei o que vou fazer! Vou ficar parecendo o QuasÃmodo; vou ficar curvado, tocando o mais forte que puder. É a linha de baixo mais difÃcil que já escrevi! Faço com os dedos, é tão rápido. Não dá para fazer – é um som meio abafado no disco. Mas se você consegue ouvir o que estou fazendo: tentei fazer uma coisa tipo Tom ___. Mas é muito difÃcil para mim. Vou ter que tocar literalmente de costas – porque vou fazer uma cara que nenhum humano deveria ver fora dos reinos do inferno. Ha-ha!
Caleb: Bom, começando o disco com "The End"... Quer dizer, é definitivamente uma daquelas músicas que surgem uma parte de cada vez. Essa é sempre uma boa maneira — ela se sobrepõe — de começar um disco.
Matthew: Acho que precisávamos de uma música forte para começar o disco.
Nathan: Há um pouco de ironia no fato de ser "O Fim" e o começo.
Caleb: A música tem um pouco do que fizemos no último disco. Para alguém que era fã do último disco, quando colocar este disco para tocar, isso não vai assustá-lo.
'Radioactive'
Matthew: "Radioactive" é uma das primeiras músicas que começamos a compor, e só na semana passada é que começamos a fazer alguma coisa. Só não tÃnhamos certeza do que ia acontecer.
Jared: Quando começamos a escrever "Radioactive", era uma música chamada "It's Alright". E, literalmente, acho que foi logo depois de escrevermos "Aha Shake Heartbreak" ou durante a composição daquele disco.
Nathan: Ser capaz de colocar uma música em um disco que foi escrita há dois discos, mas por algum motivo não se encaixou bem... acho que isso diz muito sobre a força das músicas.
Caleb: É; começou como uma música bem punk-rock que acabamos descartando. Mas, aÃ, acabamos usando essa melodia para a nova ideia, que era aquele bum-de-da-deh. Mas quando começamos, o verso e o refrão eram muito parecidos. Não parecia que ia a lugar nenhum.
Jared: Tivemos que reestruturar completamente a música. E foi isso que fizemos ao gravar este disco. Pensamos: "Não vamos jogar uma música fora; vamos fazer com que cada música seja a melhor possÃvel".
Caleb: E uma noite — estávamos lá o dia todo, e Nathan tinha ido para casa. E Jared tinha ido para casa... e Angela tinha ido para casa. Éramos só eu, Matthew e Jacquire. Estávamos jogando dardos e eu estava bem chateado por não entrar no disco porque achei que era forte. Eu disse: "Ei, Jacquire, grave e eu vou aqui e faço uma coisa". E eu fui lá e simplesmente: "A estrada está esculpida ali..." e dei muito mais espaço. E fazendo isso, o refrão ficou muito mais poderoso. No dia seguinte, entramos e eu pensei: "toque isso". Quando ele começou a tocar, Nathan, Jared e Angela — todos entraram: "O que é isso? Que música é essa sendo cantada tão bêbado?" E acabou funcionando. Acabou dando nova vida à música.
'Pyro'
Caleb: "Pyro", eu tinha escrito alguns versos porque estava assistindo a uma peça sobre esses cristãos radicais que vivem nas montanhas e, de alguma forma, o FBI se envolveu e praticamente os matou. Então comecei a escrever sobre isso e sobre um cara que estava meio farto de tudo aquilo e achava que o mundo em que vivia não era o mundo perfeito para ele, então ele meio que vai lá e o incendeia. É uma daquelas músicas que começa com alguém achando que sabe como as coisas deveriam ser e, no final, é tipo: "Eu nem consigo ser assim".
Jared: “Pyro” é a mais divertida de tocar ao vivo agora.
Matthew: "Pyro" é a mais divertida e a mais difÃcil. É, uh... Deus... Eu me lembro da primeira noite em que tocamos. Eu estava tão nervoso e tão bravo com eles por me fazerem tocar. É porque eu estava tão ansioso para tocar, mas, graças a Deus, deu certo e eu não estraguei nada.
Caleb: E eu acho que é sempre uma música intimista, com os vocais bem à frente. Essa é sempre a parte difÃcil para mim, porque à s vezes você sente que está carregando o peso. Tipo, uma música como "Pyro" é meio... É uma música meio tranquila, então o vocal, para mim, precisa ser bem perfeito, e voltando ao que dissemos antes, para mim, perfeito não significa perfeito. Significa ter a emoção para realmente conduzir a faixa e fazer com que o público e o ouvinte realmente se identifiquem com o que está acontecendo.
'Mary'
Caleb: "Mary" é algo que eu estava escrevendo bem no começo de "Only by the Night". Foi algo que escrevi em casa uma noite, bêbado. E tinha uma energia tão grande que eu adorei, mas, por algum motivo, não entrou na lista.
Matthew: Acho que isso foi para o último disco e nunca aconteceu, e então alguém tocou uma demo antiga e nós pensamos: "Cara, temos que trazer essa de volta".
Caleb: Estávamos revisando os tÃtulos das músicas e tudo o que tÃnhamos, e Angela perguntou: "Por que não tentamos gravar 'Mary' de novo?". E eu pude ver todo mundo tipo "ehhh", mas eu fiquei tipo: "Por favor!". "Mary" é algo que eu sempre amei e acho que seria uma farsa se não estivesse neste disco.
Jared: Na demo, soava meio distorcido e tinha uma pegada bem Neutral Milk Hotel ou Olivia Tremor Control. Parece que... Tem uma música chamada "Holland 1945", do Neutral Milk Hotel, que meio que... É um tipo de música de bar, tipo, bem rápida. E, tipo, quando a gravamos, a gente meio que adotou um estilo mais Phil Spector, em vez daquela pegada distorcida, sabe, da banda do Affan. Mas acho que ainda dá para sentir um pouco daquela coisa ali.
Nathan: Acho que uma das minhas introduções favoritas de todos os tempos é "Mary". Porque ela faz um "woo-doo" e então é direto na sua cara, logo de cara.
Matthew: Os vocais de fundo, na verdade, são a primeira coisa que você ouve, eu fiquei muito animado. (Jared concorda) Não sei quem inventou essa fala, mas quando inventaram, eu pensei: "Cara, isso é demais".
Caleb: Chama-se "Mary" e é MARY, mas na verdade estou falando de casamento. Eu disse: "Case se quiser. Eu abro mão do meu direito". Acho que foi quando fiquei meio chateado com o Nathan saindo de casa e se casando. AÃ, no segundo verso, falo do Nacho e digo: "Vamos dançar como se fôssemos namorados de pura alegria", porque eu e ele costumávamos sair para festejar. Neste álbum, estávamos experimentando um pouco mais e querÃamos mostrar o nosso lado country à s vezes, o nosso lado retrô, e querÃamos dar à s pessoas uma breve história do que o Kings of Leon vem tentando alcançar o tempo todo.
O processo de gravação
Caleb: Há muita vulnerabilidade neste disco, e isso se deve ao fato de que boa parte dele não foi ensaiada. Quer dizer, naquela época em que as pessoas faziam música de verdade, era isso que você adorava: ouvir um estalo aqui ou um estalo ali, uma porta se abrindo. E eu me lembro de quando estávamos gravando Youth and Young Manhood, esqueci qual faixa é, mas se você ouvir com atenção, e provavelmente somos os únicos que conseguem ouvir, enquanto a faixa está tocando, você consegue ouvir alguém jogando sinuca ao fundo. Dá para ouvir as bolas estalando. E sabe, é tipo, "isso é incrÃvel", sabe, tem que ficar.
Jared: Sempre tentamos gravar ao vivo e gravar o máximo possÃvel, e se tivermos que voltar e consertar alguma coisa, você faz.
Nathan: Acho que nunca fomos uma banda que usa o cronômetro para tocar aquele hit de rádio, sabe? Tem que ter de dois minutos e meio a três minutos de duração, ou algo assim.
Caleb: Não, nós não gostamos de pensar demais em nada. Quer dizer, a quantidade de vezes que entramos lá e gravamos uma música... É inacreditável. Quer dizer, entramos lá e tocamos três vezes e se eles dizem: "Dê mais uma", a gente responde: "Vamos lá, nós demos três vezes. É assim que a música vai ser."
Matthew: Definitivamente, há algumas músicas neste disco que foram quase inteiramente ao vivo. "Mary" foi para mim, cada pedacinho da música é ao vivo, até o solo. Eu queria muito refazer o solo e eles disseram: "Não, deixa pra lá. É muito bom". Então eu disse: "Ótimo". Mas sim, essa foi gravada inteiramente ao vivo para mim.
Caleb: Não vamos lá e separamos tudo e fazemos com que tudo soe o mais perfeito possÃvel, porque eu realmente nunca gostei muito de perfeição.
'The Immortals'
Caleb: Com "Immortals", eu sentei e escrevi a letra. Levei uns 20 minutos; foi bem rápido. E eu sentei e toquei para a minha namorada. Ela se encheu de lágrimas e disse: "Essa é uma das melhores letras que eu já ouvi". E o Jared, ontem, me disse que acha que esse talvez seja um dos melhores refrões que já escrevemos.
Jared: Sim, para mim, o refrão é – se não o melhor, é um dos melhores refrões que já escrevemos como banda. É enorme. A letra é especial; eu realmente gosto da letra do refrão – ela realmente mexe com a gente. Só a instrumentação – como eu disse: começa super rápido e, do nada, a música cai e é como se você estivesse em queda livre.
Caleb: De certa forma, eu meio que queria que fosse algo que eu pudesse dizer aos meus filhos. Realmente diz tudo em um refrão. Aqui está: saia e seja quem você quer ser e, no final do dia, antes de ir embora, certifique-se de ter amado...
‘Back Down South’
Caled: Eu sabia que, com "Back Down South", eu estava muito animado para gravar aquela música. Eu não escrevi uma letra para aquela música; eu criei cada parte dela livremente. Mas, Matthew, um dia, estávamos no ensaio e ele tinha um violão de lap steel.
Matthew: Eu comprei um e não sabia como afiná-lo nem nada, mas estava afinado e eu brinquei um pouco. Aà o cara meio que me mostrou como fazer certas coisas – então uma das primeiras coisas que toquei nele...
Caleb: Foi tipo, "Berr, bah-bah, berr, buh-buh buhm." E imediatamente eu disse, "venha dançar, se você tiver a chance..."
Matthew: E eu estava tão animado e sabia que estava tão longe, mas mal podia esperar para mostrar aquela fala aos caras! Fiquei tão feliz quando mostrei a eles que todos imediatamente tentaram começar a escrever partes para ela. E essa é a melhor sensação de todas.
Nathan: "Back Down South", meu Deus, quem não está por trás disso?
Caleb: A pia da cozinha!
Nathan: Foi só uma daquelas, como o Caleb disse, tivemos uma rodada com todo mundo cantando. Depois nos distraÃmos e jogamos dardos ou algo assim – tomamos uma bebida.
Matthew: Foi um dos melhores momentos que já tivemos no estúdio! Por algum motivo, começamos a beber uÃsque tão cedo, tipo, assim que chegamos. Tipo, "Ei! Vamos tomar uma dose?" E todo mundo disse, "É!". Então, no final da noite, pensamos: "Vamos cantar uns backing vocals no final — só cantar o que o Caleb está cantando". E vinte pessoas — toda a equipe, todo mundo que trabalhava lá — estavam todos na sala com alguns microfones.
Jared: Na verdade, fiquei doente por alguns dias. Fiquei tão deprimido, em casa. Não conseguia fazer nada. Mas eles me mandavam e-mails com as músicas! E eu ficava tipo: "Aff! Quero tanto estar lá!". Aà eles me mandaram e eu fiquei tipo: "Por que vocês não me apunhalam pelas costas?". Eu saio por 5 segundos e vocês fazem uma festa de pizza na sexta!
Nathan: Sabe, fiquei feliz por uma música como "Back Down South" ter entrado neste disco, porque poderÃamos facilmente ter entrado lá e tentado dar a eles seis "Sex on Fire" e seis "Somebody". Foi bom ver "Back Down South" lá, porque foi como voltarmos não só à s nossas raÃzes, de onde viemos, mas também ao tipo de banda que fomos desde o primeiro dia!
‘Beach Side’
Caleb: É, bom, "Beach Side" é engraçada porque o motivo de ser chamada de "Beach Side" é porque foi declarada "lado B" no disco. E, então, durante todo o tempo em que esteve no quadro, foi escrita como "lado B".
Jared: Porque era muito simples; tinha cerca de dois minutos e meio de duração. E quando [Matt] começou a tocar aquele lap steel, levou a música a outro nÃvel. Mas, ainda assim, é a música mais simples do disco. A mais fácil de tocar. Tipo, a mais fácil de compor.
Matthew: O Nathan tinha um timbre de bateria bem anos 70 que nos deixou muito animados. Tinha o lap steel, mas ainda não tinha escrito uma parte para ele, mas eu sabia que queria usá-lo. Então, eu e o Jared fomos para a sala de guitarra e escrevemos uma parte. E acabou soando praiano e anos 70.
Caleb: E eu pensei, "cara, não podemos chamar de 'lado B'". Começamos a gostar muito da música naquele momento. E meu irmão mais novo tinha ido a um show do Beach House na noite anterior. E ele entrou com uma camiseta do Beach House e eu disse, "Entendi. Vamos chamar a música de 'Beach Side!'" e todo mundo disse "sim! É perfeito". E depois de dizer isso, é quase como se o som da música em todas as nossas cabeças começasse a soar praiano.
Nathan: É, quero dizer, é definitivamente diferente de tudo o que você conhece do Kings of Leon. Se eu acho estranho termos isso musicalmente? Não, de jeito nenhum. Acho que estamos apenas começando a explorar o nosso potencial musical e, como músicos, compositores e tudo mais. Então, é um pouco diferente do que normalmente se espera de nós, mas, mais uma vez, é mais um vislumbre da janela que é o Kings of Leon.
'No Money'
Jared: “No Money”, para mim, tinha um vocal parecido com o dos Misfits.
Matthew: Quando você começa com uma música chamada "No Money", você sabe em que direção vai seguir. Você sabe que vai ser punk rock. Você sabe que quer que soe sujo e cru. E realmente grandioso ao mesmo tempo – quer dizer, só tem uma coisa a fazer: dar um toque especial a essa música. Quando eu coloco no solo...
Jared: Quando eu toco rock, eu uso fuzz petal — só uso fuzz petal nas minhas músicas de rock mais pesado: "Crawl", "Black Thumbnail", "No Money"... Minha coisa preferida é deixar meu baixo alto e colocar "na sua cara". E com essa música, eu soube imediatamente: ir para o grande manguito.
Matthew: É, o Nathan tocava uma parte de bateria há muito tempo que era tão foda que eu não conseguia me afastar dela. Durante as passagens de som, eu sempre dizia: "Cara, toca essa batida". E era muito difÃcil para ele tocar. E ele tocava por tanto tempo e eu me esforçava muito para compor uma parte de guitarra para ela. E então, finalmente, um dia, depois de tocar por meses em turnê, eu finalmente criei uma parte de guitarra. Lembro-me de tocar e ele disse: "Isso é incrÃvel" e todo mundo começou a tocar com ela. E eu pensei: "Graças a Deus", porque eu amo tanto a batida de bateria do Nathan! E é a única parte de rock do disco.
'Pony Up'
Nathan: "Pony Up" é definitivamente divertida, no que diz respeito à bateria. Porque tem muita coisa começando e eu acho que muitas pessoas ouvindo isso diriam que sou eu tocando tudo isso ao mesmo tempo. Eu tinha uma baqueta com um chocalho preso a ela, tocando o chocalho, o pandeiro e tudo isso ao mesmo tempo. E se você ouvir, parece que quatro coisas acontecendo ao mesmo tempo, mas – essas músicas – em cada disco eu tenho uma música que – bem, meu amigo chama de "math-rock". É como uma parte de bateria na qual você realmente precisa pensar enquanto toca, porque pode ser simples, mas uma batida pode ser tão simples que você se cansa porque meio que se deixa levar pela mesma coisa – meio repetitiva. "Pony Up" é definitivamente uma das minhas favoritas para tocar no disco. Tem tanta coisa acontecendo e quem não gosta de um chocalho?
Sequenciando as músicas
Caleb: Bem, sequenciar um disco é sempre uma tarefa difÃcil para nós porque à s vezes há certas músicas que gostamos mais do que outras.
Jared: Eu sempre soube que "Beach Side" deveria vir depois de "South". Tem algo no riso que vai para o preenchimento da bateria que leva a "Beach Side" que soou muito legal para mim.
Caleb: É uma daquelas coisas em que todos vocês vão e sequenciam, depois se reúnem novamente e o que for mais próximo de todos — geralmente são todos bem parecidos — mas sempre há algumas pequenas coisas...
Nathan: E você terá seus finais de livro. Você terá seus dois: "essa é definitivamente a música que tem que começar o disco e essa é definitivamente a que tem que encerrá-lo". As outras partes são intercambiáveis, pois, como ele disse, tudo se resume a analisar a opinião de todos e seguir o consenso geral.
Matthew: Acho que as pessoas não percebem – eu nunca tinha pensado nisso até fazermos o sequenciamento – que é muito importante. Quer dizer, pode mudar completamente a sensação do disco inteiro. Pode torná-lo um disco completamente diferente.
Caleb: No processo, o final dessa música soa muito bem no começo desta. Na verdade, é uma das partes mais divertidas de fazer um disco.
‘Pickup Truck’
Caleb: Eu escrevi "Pickup Truck" em volta de uma fogueira. E eu olhei para as brasas no fogo que estavam começando a ficar brancas e eu disse, "madeira crepitante ficando branca." E tudo parecia tão másculo e tão forte. Estávamos lá fora fazendo fogueiras! Cozinhando nossa própria comida! Estávamos pescando nossa comida e cozinhando e fazendo todas essas coisas. E foi aà que comecei a pensar em uma caminhonete. E eles disseram que tinha um guarda florestal vindo e ele ia dar uma olhada na gente. E eu pensei que seria um cara durão e quando eu vi a caminhonete que ele estava dirigindo, eu fiquei tipo, "você chama isso de caminhonete?" E aquela música meio que se transformou nessa ideia de - você quer adicionar um aspecto de amor a ela, mas no final das contas é esse cara dizendo "Eu sou um homem maior que você." E então ele acaba levando uma surra!
Jared: Sempre amamos o romantismo de um homem sulista: os caras sulistas que dirigem caminhonetes, vão a fogueiras e brigam muito. É a vida que terÃamos levado se não tivéssemos entrado para uma banda. E o refrão disso é tão literal e tão fácil, mas é tão real. E nós vimos isso acontecer, e é isso que terÃamos sido.
Matthew: Eu definitivamente adoro o romance de um homem sulista...
Jared: Eu também...
Nathan: "Pickup Truck" é definitivamente uma música "construtiva" em termos de bateria. Depois, ela desce de novo, depois sobe e desce de novo. E eu acho que é uma daquelas coisas em que eu realmente não tive escolha, é simplesmente o tipo de música que era. E eu poderia ter tentado um zilhão de maneiras diferentes, mas não teria soado tão bem assim. E às vezes, a maneira mais simples de fazer algo é a melhor maneira de fazê-lo.
Jared: Em "Pickup Truck", fazemos um break down e depois um up up. Mas sempre gostamos desse tipo de coisa, em muitas músicas que realmente gostamos — que significam muito para nós, como "With or Without You" — que meio que fez isso. "Ceremony", do New Order, faz isso, quebra bastante. Outra música, "Renegade", do Thin Lizzy, faz exatamente a mesma coisa.
Caleb: Tem uma música do Thin Lizzy chamada "Renegade", e todos nós amamos muito essa música. E bem no final, a música começa a desacelerar e vai para o clique – da caixa para o clique. E então a música se reconstrói. E então soubemos imediatamente que essa música era a nossa "Renegade".


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